No Dia Nacional de Conscientização de Doação de Órgãos uma reunião é realizada na Câmara
O presidente da Câmara Municipal do Rio Grande, vereador Filipe Branco, junto com os vereadores da Casa participaram de um reunião com a médica e Coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO 5) e da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Hospital Universitário, Fernanda Almeida e com a vice -presidente da Associação Riograndina de Pré e Pós Transplantados Elizangela Souza. A reunião, realizada no plenário da Câmara, foi realizada nesta segunda-feira, 27, Dia Nacional da Conscientização da Doação de Órgãos.
Na oportunidade foi discutida a importância das famílias estarem cientes da conversa sobre o assunto da doação, já que hoje nenhum documento registra o desejo de ser doador. "É uma luta que devemos trabalhar em casa, com muito diálogo e conscientização. Dizer que queremos ser um doador para nossos familiares para que na hora da morte, que não é fácil, o desejo da pessoa que vai doar seja realizado", disse a médica Fernanda Almeida.
O presidente da Casa, vereador Filipe Branco, falou que uma moção de apoio será encaminhada para a Assembleia Legislativa. "Precisamos nos unir, propor e criar projetos que colaborem com a divulgação da importância da doação de órgãos e que isso possa ser divulgado e também registrado em documentos pessoais das pessoas que desejam ser doadoras", disse.
Mascote da Adote
O mascote da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote) também estava presente no encontro na Câmara. Confira a história do Mascote:
"Nasci na cidade catarinense de São Carlos, no dia 5 de maio de 1986. Sou filho de Claudete e Almir Wagner e tenho um irmão chamado Glauber. Durante meus primeiros anos de vida tive problemas de saúde, mas consegui vencer cada um deles e, aos poucos, meus familiares foram percebendo que eu era uma pessoa especial. Deixei importantes lições para todos no decorrer dos anos.
Desde criança me preocupava com os mais necessitados e ajudava da maneira que conseguia. Lembro que meu primeiro ato de fraternidade foi com apenas quatro anos, ao doar meu chinelo para uma criança descalça que passava em frente à minha casa. Meus pais ficaram preocupados, acharam que tinha sido roubado. Mas a minha babá testemunhou este gesto, assim como os vizinhos, que ficaram comovidos.
Em janeiro de 2005, em uma reunião da família veio à tona uma conversa sobre doação de órgãos. Naquele momento deixei bem claro para todos sobre a minha vontade em doar todos os órgãos e se possível que me cremassem, pois eu não gostaria de poluir a terra e assim ajudaria muitas pessoas a viver melhor. Como esta é uma decisão difícil para os pais, coube ao meu irmão lembrar da minha vontade na hora.
Mas na semana anterior ao acidente, andei fazendo algumas coisas que ninguém entendeu: doei várias peças das minhas roupas e objetos para meus amigos dizendo que não iria mais precisar. Antes de sair para o que seria mais uma competição, conversei com meus pais e sei que os emocionei. Falei sobre a minha namorada, sobre meus amigos e o amor que sentia pela minha família e do orgulho de ser filho destes pais que sempre estiveram presentes na minha caminhada. Lembrei de pedir para que sempre fôssemos juntos aos jogos da Chapecoense e do Handebol e que ficássemos felizes, sempre.
Mas infelizmente chegou a minha hora da partida, ou melhor, da passagem. Antes da competição, houve um trágico acidente com o ônibus que transportava a equipe, no qual vários amigos, entre eles o meu “pai esportivo”, o Professor Cláudio, fizeram a passagem para o outro plano."
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal do Rio Grande