Expectativas e metas do Presidente Giovani Moralles para 2024

por TV Câmara publicado 12/01/2024 18h35, última modificação 12/01/2024 18h35

1- Presidente, qual é o principal foco do seu mandato?

Na verdade, estou presidindo a casa pela segunda vez. E, pela natureza da minha atividade, sou formado em contabilidade e também em gestão pública. Sempre foquei na questão administrativa. Minha presidência em 2014 foi marcada pela economia e pelos recursos que devolvemos para o executivo. Estamos tomando algumas iniciativas, mas o foco principal seria simplificar o sistema e fazer a Casa andar de maneira clara e transparente.


2- Como o senhor pretende aproximar a Câmara da comunidade?

Na verdade, acredito que a comunidade já possui todos os mecanismos de aproximação. Temos a TV Câmara, também utilizamos o Facebook e estamos trabalhando nos encaminhamentos deixados pela última gestão, que incluem a comunicação através do Canal de Rádio. Estamos realizando os ajustes finais para disponibilizar um sistema de transmissão de rádio. Atualmente, contamos com essa ferramenta, mas sendo restrita apenas às sessões. A ideia é colocar no ar nossa rádio em tempo integral, proporcionando assim mais um canal de comunicação com a comunidade.

 

3- O que a comunidade pode esperar das ações da Casa Legislativa para 2024?

É um ano eleitoral e, por conta disso, requer bastante cuidado nas questões administrativas. O que pretendemos fazer e o que a comunidade pode esperar é uma gestão transparente, capaz de orgulhar nossa comunidade, nossos funcionários e o público em geral. Acredito que nosso compromisso como administradores públicos é zelar pelo dinheiro público, um princípio bastante importante.

Volto a dizer que há dez anos atrás eu era mais jovem, menos experiente e em um cenário diferente. Conseguimos ultrapassar algumas barreiras e fazer a casa funcionar de maneira diferenciada. Um dos primeiros atos de nossa presidência em 2014 foi fazer com que a TV funcionasse com o pessoal da Casa, um ato crucial, apesar dos transtornos futuros. Suspender o contrato e fazer a TV funcionar apenas com os servidores foi uma decisão importante. Queremos fazer o mesmo com a rádio, sem terceirizar. Pretendemos que a rádio funcione diretamente ligada à TV, proporcionando suporte para que isso aconteça. O foco principal é realizar uma gestão transparente, garantindo que o dinheiro público seja bem aplicado.

4-Quais as principais metas e desafios para esse ano?

Então, todas as decisões que vamos tomar serão pensando no coletivo e na preservação. Preservação da casa, preservação dos vereadores e também preservação da administração que responde por todos os atos. Já estamos tomando algumas medidas, analisando e me atualizando sobre a sistemática da casa.

Gosto muito de comparar a política com o futebol, até porque, além de vereador, sou líder partidário e presidente partidário. Costumo dizer que me comparo com o treinador de futebol. Além de vereador, sou presidente de um partido pequeno, que muita gente nem conhecia, e temos duas cadeiras dentro deste legislativo. Essa forma de administrar grupo, administrar partido, eu também trago comigo.

Primo muito pela disciplina e pelo cumprimento das funções. Hoje, sou um dos vereadores mais antigos desta casa e procuro cumprir meu horário à risca. A disciplina deve começar pela responsabilidade, desde a entrada na recepção da Câmara até às demais repartições. Vamos cobrar tudo de todos, independentemente da função.

Em 2014, coloquei o relógio ponto e passei para as 14h as sessões plenárias. Determinei que, após às 15h, a lista de chamada fosse retirada do plenário, e quem não tivesse assinado seria descontado.

Vamos aplicar essa disciplina para todos. Essa é a premissa que vamos adotar. Estou tendo alguns cuidados, tenho informação na área de contabilidade, o que facilita bastante. As medidas que tomei em 2014 foram beneficiadas pela minha qualificação, sempre fiscalizei tudo.

Hoje, voltando à questão do futebol, estamos ajustando o time. Temos um time bom; a Câmara hoje é formada por um grupo de servidores extremamente qualificados. Às vezes, é preciso a mão do treinador para saber se o jogador está na posição certa, mesmo sendo bem qualificado e não desempenhando seu papel por não estar na posição certa.

Estamos fazendo algumas modificações. Este ano requer muito cuidado, não apenas pela questão eleitoral, mas também pela mudança na legislação, principalmente nas licitações. Estamos dando todas as condições para que os funcionários efetivos se qualifiquem cada vez mais. Não restrinjo ninguém a não se preparar. Dois funcionários já me procuraram para se qualificar, e autorizei na hora. Acho que os funcionários efetivos, que chegaram aqui através de sua qualificação e concurso público, quando se paga um curso para eles, estamos investindo. É necessário que o grupo também esteja satisfeito para poder render.

Estamos tentando flexibilizar o fluxograma. Em 2014, modifiquei algumas coisas para que tudo andasse. No entanto, hoje vejo que precisamos enxugar novamente. O caminho é longo e demorado. O sistema público é marcado por burocracia, e precisamos seguir os trâmites legais, mas diminuindo a burocracia.


5-Quais são as suas principais metas orçamentárias para este ano?

Nós temos o orçamento previsto em lei destinado ao Legislativo, que é mais do que o dobro do que está sendo destinado atualmente. Evidentemente, devido ao conhecimento da situação pública que o município vive hoje, jamais vamos requerer um percentual que temos direito para realizar uma obra aqui, por exemplo, enquanto na saúde está faltando recursos. Assim, temos um orçamento destinado que é bem ajustado. Eu também sou formado em gestão, e a primeira coisa que precisa ser feita para uma casa funcionar é analisar o orçamento que cubra a funcionalidade, a parte administrativa e outras partes fundamentais para o andamento da casa.

Se houver necessidade e o orçamento apertar, vamos cortar coisas que não comprometam o funcionamento da casa.
Falando sobre reposição, eu sempre fui muito aplicado nesta questão. As pessoas precisam começar a entender as coisas, a se apropriar para que possam ter entendimento. Nosso orçamento hoje é muito ajustado, mas é cabível. Quando falamos em reposição, a sociedade sempre precisa entender que não é ganho, é repor o que o funcionário perdeu no ano anterior.

Um exemplo claro: se ganho mil reais e a inflação foi de 10%, se não houver reposição no outro ano, eu passo a ganhar novecentos reais. Temos poderes independentes, a Câmara não precisa de uma decisão de lá, e a Prefeitura não precisa de uma decisão daqui, mas, evidentemente, por ética e respeito, temos essa relação. Quando éramos oposição, devolvemos um recurso significativo, na casa dos R$3.548.000,00, para um governo ao qual éramos oposição. Mas, no momento em que ocupamos essa cadeira, somos administradores e precisamos deixar de lado nossos sentimentos para que tudo flua dentro do plenário.

Como presidente, devemos agir pela legalidade. Já estamos tratando do índice de reposição para repassar o mais rápido possível aos funcionários, pois é um direito deles. Hoje, ser administrador do Executivo é um desafio para qualquer um. Não que do Legislativo também não seja um desafio, mas o Executivo é ainda maior. Isso deve ser tratado sempre com responsabilidade e transparência para que a comunidade saiba como a coisa funciona. O gestor deve ter essa consciência. Entendemos que não podemos buscar recursos que são cabíveis a nós, quando sabemos que, se buscarmos lá, o prefeito terá que apertar na saúde, na ação social. Isso não faremos. Vamos trabalhar com os recursos que nos foram destinados.

6-Sendo presidente novamente, em um intervalo de 10 anos, qual o peso que isso trás para sua gestão à frente da Casa Legislativa e qual será seu diferencial?

Na realidade, eu nem busco diferencial. Acredito que o final de uma gestão pode apontar o que foi o diferencial. Não procuro ser melhor que ninguém; cada presidente tem seu jeito de administrar. A peculiaridade do presidente pode se tornar um diferencial no fechamento das contas. Não vim aqui para disputar a beleza com nenhum presidente anterior; acredito que todos tiveram seus papéis. A casa ganhou um prêmio de transparência no ano passado, o que é muito importante. No entanto, isso não contempla o presidente, mas sim a casa, é resultado de um trabalho em equipe.

O mais importante na diferença entre um presidente e outro é que a casa não passe por nenhum escândalo político, como costumamos ver nas redes de televisão. A responsabilidade do presidente é garantir que, mesmo que a casa enfrente dificuldades financeiras, não seja motivo de matéria e, quando o for, que seja de maneira positiva. Acredito que isso é o mínimo que podemos fazer.

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